sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vale a pena fazer um plano de Previdência Privada?

A coisa mais assustadora de pensar em se aposentar é saber que, com certeza, seu padrão de vida vai cair. Dificilmente, com uma aposentadoria do INSS, o trabalhador consegue equiparar seu benefício ao salário que recebia antes de pendurar as chuteiras. 

É aí que as pessoas se perguntam se deveriam ter feito uma previdência privada. Mas vale a pena? Sim! Ter uma previdência privada é uma boa idéia e é confiável. Além disso, é necessário pensar em uma maneira de poupar dinheiro para o futuro. 


Segundo o professor José Roberto Ferreira Savoia, da Universidade de São Paulo (USP), a previdência é uma das formas mais saudáveis de poupar. “Tem alternativas interessantes e é segura, pois são administradas por entidades sólidas”. Masakazu Hoji, consultor financeiro e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, reitera .“Não só é altamente recomendável fazer uma previdência como é necessário”. 



O que é isso?



Para quem não conhece, a previdência privada é uma maneira de aplicar mensalmente o dinheiro, com retorno a longo prazo. A pessoa poderá optar, depois de muitos anos, se quer receber uma renda mensal, como uma aposentadoria (que pode ou não ser vitalícia, de acordo com o plano escolhido) ou retirar todo o montante, economizado nas últimas décadas. “A previdência privada serve para complementar o INSS. O benefício pago pelo governo tem limite; é relativamente baixo, limitado a cerca de R$ 3 mil”, afirma Hoji. 



A previdência privada não é a aplicação mais indicada para quem quer poupar dinheiro a curto prazo, como para trocar de carro, por exemplo. “Se você pretende usar o dinheiro em breve, existem outras opções melhores”. O importante, segundo o professor Savoia, é ter consciência de que é importante guardar dinheiro pensando no futuro.  



Os mais velhos têm medo dessa opção para juntar dinheiro, pois já houve períodos em que os fundos não eram confiáveis no Brasil. “Há algumas décadas, com a inflação e outros problemas, os recursos acabavam não sendo suficientes para o pagamento de uma aposentadoria, mas isso não acontece mais”, explica o professor. 



Hoji aconselha a olhar adiante. “A pessoa deve escolher uma empresa que lhe inspire confiança até daqui a muitos anos, quando irá desfrutar da aposentadoria, pois as gestoras podem quebrar”.



Detalhes a serem considerados



Segundo Savoia, fazer um planejamento que varie entre 5 e 15% do salário é um bom valor. “A pessoa precisa avaliar se tem outras formas de economizar dinheiro, como um imóvel, por exemplo. Ter uma casa própria é uma maneira de poupança”. Portanto, o ideal, segundo ele, é ter uma reserva financeira, um imóvel e não deixar de contribuir com o INSS. 



“Fazendo isso, quando chegar a aposentadoria, o trabalhador terá uma casa, seu benefício do INSS e mais o que conseguiu poupar na previdência privada”. Savoia diz que metade da população não está amparada por uma previdência. E isso é preocupante. “A maioria dessas pessoas terão que viver com recursos escassos, para que não fiquem na pobreza absoluta”.



Outro conselho do professor Savoia é não deixar de pagar o INSS. “Esse benefício tem uma vantagem: não é só uma aposentadoria. Além de poupar recursos, é um seguro de vida, por exemplo. Em caso de morte ou doença grave, a pessoa estará amparada. E é bem mais barato do que um seguro privado”. 



Além disso, é comum avaliar que o valor a ser pago com a previdência privada seja bem mais alto, porém, é preciso observar se essa previsão está sendo calculada para um benefício vitalício, pois se é por um tempo limitado o valor é realmente alto. Do contrário, cai bastante. 



“O benefício da aposentadoria através do governo é para toda a vida. Você se aposenta com 55 anos, que é a média do brasileiro, e recebe pelo INSS até a morte. Se você for comprar uma renda vitalícia em uma seguradora, o benefício pode não ser tão alto”.

Fonte: ig