Acidentes como o que aconteceu na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, em setembro de 2011, envolvendo 300 veículos, 49 feridos e uma morte por falta de visibilidade causada pela neblina, podem ser evitados no futuro. Pelo menos é isso que especialistas da General Motors pretendem ao apresentar a segunda geração dos sistemas de head-up display - ou, em tradução livre, "visor à altura dos olhos", recurso usado em aviões caça -, que projeta informações no para-brisa, evitando que o motorista desvie o olhar da pista para ler os instrumentos.
Na nova geração, a projeção de informações vai muito além da velocidade, como ocorre na maioria dos carros que possuem esse dispositivo. O head-up display passa a ser uma extensão do painel, com indicação de dados como rotação do motor, marcha em uso, luzes-espia e, o mais importante, torna-se interface dos dispositivos de segurança, tais como os sistemas de visão noturna e de leitura de placas.
No caso de condução sob forte neblina, como aconteceu no acidente da Imigrantes, quando a visibilidade estava reduzida a 10 metros, segundo o noticiário da época, o sistema usa as câmeras e os sensors embarcados no veículo para reconhecer a via e desenhar os limites da pista no parabrisa. Além disso, o sistema pode identificar obstáculos à frente, como um carro ou um pedestre, antecipando a informação ao motorista e, em caso de necessidade, acionando o freio do veículo.
O sistema da GM é parecido com outro desenvolvido pela Autoglass, que contempla o uso dos head-up displays para aumentar o conforto a bordo. O sistema 2020 Vision vale-se de sinais de telefonia e de GPS para orientar a condução do motorista e dar dicas como a localização de pontos de interesse no roteiro.
Confira o funcionamento do sistema:
Fonte: Guia 4 Rodas – por Fábio Ometto
