quinta-feira, 25 de julho de 2013

Plano de previdência privada para criança banca faculdade

No Dia da Criança alguns pais e familiares vão preferir presentear os pequenos com um plano de previdência privada a dar brinquedos e roupas que não sobrevivem à virada do ano.

A escolha não poderia ser melhor devido ao incentivo fiscal e à perspectiva de acumular dinheiro em longo prazo. No caso das crianças, o tempo longo do investimento dilui riscos e permite arriscar mais em troca de um rendimento maior. O risco alto não é indicado para adultos com idade próxima da aposentadoria.

Uma criança que tenha aportes mensais de R$ 100 no plano de previdência por 15 anos terá, a partir de 18 anos, uma renda mensal de R$ 761 por quatro anos, segundo simulação da Icatu Seguros. Para isso, deve assegurar um retorno anual de 8%.

Os planos de previdência privada para adultos e para crianças são iguais; só muda a idade de resgate e detalhes da contratação. O plano poderá ser feito em nome do menor ou em nome do adulto. Se for em nome do menor, ele só poderá movimentá-lo sozinho a partir de 18 anos.

"A principal preocupação de quem faz o plano é como vai ser o futuro dessa criança quando entrar na universidade. O dinheiro pode ajudar a pagar parte dos estudos ou complementar a renda", disse Alessandro Andrade, superintendente de Previdência do Santander.

BENEFÍCIO FISCAL

Quem poupa por vários anos ganha acesso a alíquotas cada vez menores de IR --no caso da tabela regressiva, o imposto cai de 35% para 10%.

O dinheiro acumulado rende sem ação do come-cotas, que desconta o IR a cada seis meses das cotas dos fundos --a pessoa tem rendimento em um dinheiro que ficaria para Receita Federal.

Como a maioria dos estudantes é isenta, poderá recuperar o IR descontado se optar pela tabela progressiva. "A previdência privada do Brasil o país que mais dá vantagem tributária para a educação", disse Osvaldo Nascimento, diretor de Investimentos do Itaú.

"As pessoas estão entendendo que a previdência é um meio eficaz e vantajoso de acumulação de longo prazo. Quanto mais cedo iniciar o investimento, menor será o valor da contribuição", disse Luis Martinez, do Icatu.

Quem ainda não fez o plano para os filhos porque perdeu a idade certa, sempre é tempo. Estudo da Brasilprev mostra que a idade média de ingresso nos planos de previdência para crianças é de sete anos. A contribuição média é de R$ 93 por mês e a maior parte dos recursos é destinada a gastos com o ensino superior.

No Santander, a previdência para crianças cresce em ritmo acima de 25% ao ano. As reservas subiram de R$ 4,4 bilhões, em 2004, para R$ 14,8 bilhões, em 2009 -alta de 27,2% ao ano.

No Itaú, há diversos planos disponíveis para menores de idade. Para quem tem um perfil mais arrojado, a indicação é aplicar em fundos com até 40% de ações. "Quanto maior o prazo pela frente, mais o investidor pode ousar direcionando parte do investimento para a renda variável", disse Nascimento.

Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha de São Paulo